terça-feira, 25 de agosto de 2009

A teologia da prosperidade realmente não traz felicidade – Parte 3

http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/wp-content/themes/namiradaverdade/images/PostHeaderIcon.png

http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/wp-content/themes/namiradaverdade/images/PostDateIcon.png agosto 19th, 2009 | http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/wp-content/themes/namiradaverdade/images/PostAuthorIcon.png Author: leandro.quadros

O terceiro texto bíblico que vai contra o ensino de que o cristão deve buscar primeiramente ser próspero em tudo é Mateus 6:33: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Jesus não diz para buscarmos em primeiro lugar o dinheiro. Ele ensina que nossa principal busca deve ser o Céu. A Salvação eterna precisa estar em primeiro lugar na nossa lista de prioridades. Se fizermos isso, as demais coisas que precisamos nos serão acrescentadas.

O quarto texto bíblico que entra em choque com a “teologia capitalista” (outro apelido que tive de criar…) é Mateus 6:19-21: “não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.

Jesus diz que não devemos acumular tesouros nesse mundo, pois, eles não duram para sempre. O Salvador quer que acumulemos riquezas no Céu, ou seja: quer nos ensinar que, mesmo Deus nos abençoando e tornando-nos prósperos, nosso maior investimento deve ser o preparo para a vida eterna. Do contrário, iremos nos perder eternamente.

Sabe por que Jesus quer que você e eu priorizemos a Salvação, a fim de nos tornarmos livres da morte eterna (Romanos 6:23)? A resposta está no verso 21 de Mateus 6: “porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Se nossas maiores esperanças estão nessa vida, seremos os mais infelizes entre os seres humanos, como diz o apóstolo, ao falar sobre a doutrina da ressurreição (ver 1 Coríntios 15:19). O vazio existencial nunca será preenchido porque há um lugar em nosso coração que só Deus pode preencher.

Qual o problema em ser rico?

Nenhum. Vemos em 1ª Timóteo 6:17 que havia pessoas ricas e prósperas na igreja cristã. Só que elas repartiam o que tinham com os necessitados (leia Atos 2:42-47). O problema não está em ser rico e muito menos em querer crescer na vida. A tragédia espiritual começa quando colocamos o coração nas riquezas e só as temos para nós. Isto é o que diz Paulo em 1ª Timóteo 6:17-19:

“Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida”.

O que quero lhe mostrar é a distorção do caráter de Deus feita por aqueles que pregam o amor a esse mundo, pois o Criador é apresentado por eles como um agiota, que empresta dinheiro para ganhar com juros. Mostram um Deus que tem mais interesse em possuir os recursos financeiros que Ele deu aos filhos dEle do que salvá-los do pecado. O Senhor revelado nas Escrituras não faz barganhas do tipo:“Filho: lhe abençoo se me der todo o seu dinheiro…”

Além de desvirtuar o caráter de Deus, os pregadores da prosperidade desviam a atenção das pessoas do grande conflito entre o bem e o mal (Apocalipse 12:7-12). Os cristãos dedicam mais tempo em adquirir bens do que em se preparar para enfrentar aos ataques do inimigo de Deus, Satanás (1 Pedro 5:8; Efésios 6:10-18).

Querido (a) amigo (a): onde está seu coração? Em quem deposita suas esperanças: em Deus ou no dinheiro – num papel?

Que ao mesmo tempo em que você e eu trabalhamos e estudamos para termos uma vida digna, não nos esqueçamos de que nossos olhos devem estar voltados para Jesus e atentos para o que escreveu Paulo em 1ª Timóteo 6:10:

“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.

Meu desejo final é que os teólogos da prosperidade tremam – como manifestação de arrependimento e respeito a Deus – ao lerem as palavras inspiradas de 2 Coríntios 2:17:

“Ao contrário de muitos, não negociamos a palavra de Deus visando lucro; antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus” (Nova Versão Internacional – NVI).

Um abraço a todos,

Leandro Quadros
Jornalista – consultor bíblico

Leia também em: http://www.outraleitura.com.br/web/artigo.php?artigo=205:A_heresia_da_teologia_da_prosperidade

A teologia da prosperidade não traz felicidade – Parte 2

agosto 19th, 2009 | http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/wp-content/themes/namiradaverdade/images/PostAuthorIcon.png Author: leandro.quadros

Outro aspecto de Malaquias 3:10 que precisa ser destacado é que o texto não está ensinando que Deus é obrigado a nos abençoar ou que nosso ato de dizimar e ofertar irá forçá-Lo a tornar próspero alguém que desobedece aos demais mandamentos (lembre-se do contexto de Malaquias 3:10: o ato de não dizimar e ofertar era um dos problemas). Deus é Quem sabe o momento certo de dar uma bênção aos Seus filhos; por isso, não se pode pensar que Ele nos dará tudo o que pedimos no momento que queremos.

Um pai não vai dar as chaves do carro para o filhinho de cinco anos porque sabe que a criança ainda não está preparada para desfrutar da alegria de dirigir. Ele tem consciência de que o filho precisa estar preparado para receber esse “presente”. O mesmo ocorre em relação a Deus. O Senhor vê o futuro e sabe até mesmo se você e eu temos estrutura emocional e espiritual suficientes para sermos abençoados. Se Deus ver que hoje o dinheiro pode desviar-nos dEle, com certeza escolherá outro momento para melhorar nossa renda.

[Ao lermos em Mateus 7:7-11 sobre as dicas de Jesus para orarmos, não devemos nos esquecer de seguir o exemplo do Salvador ao final de cada prece: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia,não seja como eu quero, e sim como tu queres.” - Mateus 26:39. Não temos o direito de “determinar” o que Deus fará]

Há quem possa argumentar: “Mas, Malaquias 3:10 não está ensinando claramente que a as bênçãos são consequências da devolução dos dízimos e das ofertas?”

Realmente, o dizimar e o ofertar fazem parte de um mesmomandamento bíblico. Ser dizimista é reconhecer que Deus é dono de tudo o que temos (Salmo 24:1) e que estamos administrando corretamente os bens dEle. As ofertas são demonstrações de nossa gratidão para com Ele por tudo aquilo que fez, faz e fará por nós. Mas, o detalhe é que as bênçãos prometidas em Malaquias 3:10 não são apenas materiais! São espirituais também. Quando dizimamos e ofertamos, devemos estar cientes de que Deus irá escolher o tipo de bênção que vamos receber: seja ela financeira, espiritual, amorosa, familiar, profissional…

Reconsiderando o questionamento acima, é importante contextualizarmos o texto bíblico para sabermos que antes do povo de Israel dizimar para ser abençoado, Deus já os havia abençoado ao tirá-los do Egito! Os Israelitas foram libertos da escravidão no Egito para depois demonstrarem a fidelidade a Deus por meio do sistema sagrado (dízimos e ofertas) estabelecido também com o propósito de tirar o egoísmo do coração humano. Acompanhe o raciocínio bíblico, de acordo com Malaquias 3:10 e leve em conta a história do povo de Deus no passado. Em seguida, aplique o princípio em sua vida:

Primeiro: Deus liberta o crente do pecado;

Segundo: O crente dizima em gratidão e reconhecimento de que Deus é o Criador e dono de tudo (Salmo 24:1);

Terceiro: Deus abençoa materialmente ou espiritualmente ainda mais. O Criador pode inclusive abençoar em todas as áreas da vida se Ele ver que a pessoa está preparada para tal.

Agora, perceba que a sequência “lógica” da teologia da prosperidade ébem diferente. Para eles:

• Primeiro eu dizimo;
• Depois, sou abençoado.

Devemos aceitar a primeira seqüência por ela ser apoiada pela Bíblia.

A abordagem dos teólogos da prosperidade é uma afronta à doutrina bíblica de que as bênçãos de Deus – inclusive a Salvação (a bênção mais importante!) vêm pela graça e não pelas obras (Efésios 2:8, 9; Gálatas 2:21). Não há dúvidas que a forma como o dízimo é apresentado pelo bispo Edir Macedo e pelo missionário R.R. Soares se constituem em salvação pelas obras! (E há quem ainda teime em dizer que os Adventistas é que são legalistas…)

Alguns dos muitos textos bíblicos que desaprovam a teologia da prosperidade

O primeiro é Romanos 1:16: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. A palavra “evangelho” significa “boas notícias”. A Bíblia nos dá a boa notícia de que podemos ser salvos pela fé na morte e ressurreição de Cristo. De acordo com Romanos 1:16, o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nEle crê. Portanto, o evangelho não é um produto comercial que pode vender a salvação a certos custos financeiros. Repito: a salvação é de graça (Romanos 11:5, 6).

O segundo texto bíblico é Mateus 8:20: “Mas Jesus lhe respondeu: as raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”.
Em certa ocasião, Jesus disse a uma pessoa desejosa de segui-Lo que
Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Eu me pergunto: o que os pregadores da prosperidade iriam dizer a Jesus hoje se Ele estivesse em nosso mundo sem um carro do ano ou um apartamento com vistas para o mar? Chegariam ao cúmulo de afirmar que Cristo não tinha a bênção de Deus ou até mesmo negar ser Ele o Messias, como fizeram os fariseus que acreditavam que o Salvador nasceria “em berço de ouro” e não numa manjedoura? São perguntas para refletirmos.

A teologia da prosperidade é uma continuação e uma roupagem moderna do farisaísmo. Os fariseus (líderes religiosos judeus) acreditavam que os favorecidos pelo Eterno sempre tinham posses materiais e saúde. Já os amaldiçoados por Deus eram pobres e doentes (leia João 9:1, 2 e perceba como tal conceito fazia parte da mentalidade judaica daqueles dias). Para tirar tal crença absurda da mente das pessoas da época, Jesus contou a parábola do rico e Lázaro registrada em Lucas 16:19-31 (outra lição ensinada – a principal – está no final da história fictícia). No relato parabólico de Lucas 16, Cristo inverteu os papéis: colocou o rico num suposto lugar de tormento e, o mendigo, num suposto Céu. Tal parábola precisa ser lida, relida e compreendida corretamente pelos teólogos da prosperidade com urgência! Deus quer salvá-los.

A teologia da prosperidade não traz felicidade – Parte 1

agosto 19th, 2009 | http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/wp-content/themes/namiradaverdade/images/PostAuthorIcon.png Author: leandro.quadros

Até mesmo minha sobrinha com quase quatro anos consegue perceber que a “guerra” entre as TVs Globo e Record é pela audiência e por objetivos puramente comerciais. Cada canal conta com colegas jornalistas – bem capacitados – para assessorar as partes envolvidas a fim de que os efeitos ruins sobre a “empresa” sejam amenizados. Os jornalistas dos dois maiores canais de TV do País são “habilidosos” também na coleta de “dados” que desmereçam o rival diante do público. Com tal atitude todos perdem. Sendo a função do jornalismo especializado democratizar o saber, como os comunicadores esperam contribuir (degladiando-se) para formar uma sociedade científica, inclusive capaz de escolher melhor os representantes nas diversas áreas do governo?

Neste breve estudo não irei atacar pessoa alguma e muito menos os canais de TV envolvidos na “luta” antiética pela audiência (e não em educar a população); pretendo sim abordar a heresia ensinada pelos teólogos da prosperidade. Primeiro porque acredito no amor de Deus por todos a ponto de perdoá-los e os ajudar a abandonar o erro. Basta querer (nesse caso, os teólogos da prosperidade). Segundo: o erro precisa ser combatido para que milhões de pessoas não sejam enganadas OU parem de se deixar enganar com um ensinamento totalmente errado a respeito do dízimo.

Farinha do mesmo pote

A Teologia da Prosperidade promete especialmente o sucesso financeiro (e em todos os aspectos da vida) aos que são seguidores de Jesus Cristo. Essa espécie de “religião capitalista” faz com que muitos líderes religiosos arrecadem significativas somas de dinheiro sem se preocupar em seguir a teologia bíblica do dízimo. Um desses pregadores garante aos seus telespectadores que, se eles forem “fiéis” em “dar o seu dinheiro a Deus”, poderão inclusive escolher as bênçãos que querem receber: um carro importado, uma casa na praia, um bom saldo na conta bancária…

Não é errado ter um carro, uma casa na praia e dinheiro. O problema surge quando tudo isso é colocado “em primeiro lugar” e não “o reino de Deus e sua justiça” (Mateus 6:33). Devemos viver bem neste mundo, mas, nossos pensamentos devem estar voltamos para “as coisas do alto” (Colossenses 3:1, 2), as celestiais.

Por causa do ensino da “prosperidade” – como é apresentado pelos pastores que seguem essa linha teológica – muitas pessoas desinformadas (ou maliciosas) e a mídia acabam julgando mal todas as igrejas protestantes sérias. Já ouvi dizerem: “todos os religiosos são farinha do mesmo saco”. Já que os teólogos da prosperidade distorcem o conceito do dízimo – pensam os menos esclarecidos – que “os pastores são todos iguais”.

Isso não deveria ser assim, ainda mais nessa era pós-moderna em que temos acesso com facilidade à boa (e má, infelizmente) informação. Antes de um agnóstico, ateu ou outra pessoa que não seja simpatizante da religião julgue o sistema de dízimos como “exploração do povo”, deveria conhecer o posicionamento bíblico e protestante sobre o assunto – que nada tem a ver com o que é ensinado pela igreja do bispo Macedo.

Uma compreensão errada de Malaquias 3:10

A ideia de que o salvo em Cristo deve obrigatoriamente “ter bastante dinheiro” é baseada no entendimento equivocado do verso a seguir:“trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida”. O princípio ensinado pela teologia da prosperidade é o seguinte: quando o cristão dizima ou dá ofertas, Deus fica – diríamos assim – na obrigação de abençoar o dizimista e ofertante.

Vamos entender corretamente o verso supracitado.

O conteúdo do livro de Malaquias nos mostra que maldições vinham sobre o povo de Israel não apenas por eles roubarem a Deus nos dízimos e nas ofertas, mas também porque eles se desviaram deoutros mandamentos de Deus. Isso é claro em Malaquias 3:7: “desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: em que havemos de tornar?”.Confira também Malaquias 1:6 até 3:5.

Sendo que o problema espiritual do povo era bem maior (envolvia outras áreas da vida e não só a financeira), é lógico que apenas restituir os dízimos e as ofertas não resolveria as coisas. Era preciso haver uma reforma total na vida e na conduta de todos os que diziam seguir a Deus. Deveriam abandonar o pecado e ser fiéis ao Senhor na observância de todos os demais mandamentos (inclusive do quarto, que ordena a santificação do Sábado – Êxodo 20:8-11).

Esse contexto de Malaquias 3:10 não é ensinado pelos teólogos da prosperidade. Eles não mostram às pessoas que, além de dizimar e ofertar, é preciso haver uma reforma na vida do crente.

Uma conversão verdadeira, que faz com que tenhamos prazer em seguir a Cristo independente do que temos ou deixamos de ter, não ocorre nos cultos de prosperidade (na grande maioria das vezes, pois, há pessoas sinceras em tais reuniões que buscam a Jesus de coração). A mente das pessoas é direcionada para o materialismo e não para o maior de todos os milagres: um coração transformado pela graça(João 3).http://www.novotempo.org.br/namiradaverdade/wp-content/themes/namiradaverdade/images/PostCategoryIcon.png

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Três erros comuns entre os cristãos

Segundo o teólogo e jornalista Azenilto Brito, há três grandes erros que a Reforma Protestante, por revolucionário que haja sido tal movimento e por importantes verdades bíblicas que tenha trazido a lume, falhou lamentavelmente em restaurar, três pontos de indiscutível importância:


1. A troca do sábado bíblico pelo domingo pagão (ou o seu subproduto do mais moderno e "user friendly" dianenhumismo / diaqualquerismo / tododiaísmo).

2. A crença na doutrina de origem pagã da imortalidade da alma e conseqüente tese do inferno eterno (em termos de tempo) para os réprobos.

3. A negligência quanto às leis dietéticas das Escrituras, entendendo-se erradamente que tenham cessado na cruz, o que não é verdade porque não têm o mínimo caráter prefigurativo, cerimonial.

Mas eu me comprometo solenemente a mudar inteiramente de posição se me superarem apenas cinco quesitos para cada um destes pontos:

A – Sobre a questão da lei e do sábado:

1. Se me provarem convincentemente que devo renunciar à observância do dia que Jesus declarou ter sido estabelecido "por causa do homem", não sendo absolutamente no sentido do "homem judaico", e sim do mesmo homem que deixa pai e mãe e une-se a sua mulher (a mesmo palavra original para homem, anthropós, consta de Mateus 19:5 e 6. Mas, casamento é coisa só para judeu?)

Obs.: Também gostaria que me explicassem se o sábado foi estabelecido para o BEM ou para o MAL do homem. Se foi para o bem, por que Deus restringiria tal benefício só para os filhos de Israel, quando Ele antes disse que o sábado se aplicaria também aos estrangeiros, já que o Seu propósito era, como diz em Isaías 56:2-7, tornar a Sua casa "casa de oração para todos os povos"?

2. Se me explicarem convincentemente por que devo desprezar a posição clássica, histórica, e ainda OFICIAL das Igrejas cristãs protestantes ao longo dos séculos que sempre ensinaram que os Dez Mandamentos TODOS prosseguem sendo a norma de conduta cristã.

Obs.: Também gostaria que me explicassem para que servem as Confissões de Fé, Credos, Catecismos e Declarações Doutrinárias das várias Igrejas, se os membros não as levam mais a sério, sendo ainda seus documentos confessionais oficiais (pelo menos no que ensinam sobre o tema da lei e do dia de repouso).

3. Se me demonstrarem convincentemente que devo, além de desprezar as posições históricas desses cristãos, acatar a visão semi-antinomista dispensacionalista, de ensinadores de fins do século 19 e princípio do século 20 que pregam uma confusa e caótica teologia de "lei abolida" e "dispensação da graça" que teria suplantado a supostamente obsoleta "dispensação da lei".

Obs.: Também gostaria que soubessem me superar o dilema que essa gente enfrenta de não saberem precisar como se salvavam os pecadores ao tempo do Antigo Testamento, porque se ainda não havia começado a prevalecer a "graça", teriam que admitir a aberração teológica de que eram salvos pela lei!

4. Se me justificarem por que devo manter a tradição de dedicar a Deus um dia de origem pagã, o dies solis — dia do sol — transformado no domingo pela tradição católica, que a Igreja Católica diz ter sido mudado por ela e que os protestantes lhe prestam uma homenagem semanal ao observarem ou terem suas principais reuniões de adoração em tal dia.

Obs.: Também gostaria que me explicassem por que, se condenam o culto às imagens promovido por tal Igreja, que para tanto alterou os termos da lei dos Dez Mandamentos eliminando o segundo deles, ocorre essa incoerência de aceitarem a outra alteração dos mesmos Dez Mandamentos — a mudança do sábado para o domingo.

5. Se igualmente me explicarem de forma convincente por que, sendo que na Nova Terra está profetizado que o mandamento do sábado continuará a ser observado eternamente pelos remidos (Is 66:22, 23) — já que é uma terra "em que habita justiça", sem mais pecado nem pecadores (2Pd 3:13) — por que não o faremos aqui também dentro do processo de santificação que nos prepara para a eterna morada ali?

Obs.: O que eu digo no ponto 5 de modo nenhum deve ser interpretado como busca de salvação pela guarda do sábado, pois a obediência aos mandamentos divinos, que Paulo claramente disse ser uma obrigação para os cristãos (ver 1Co 7:19), não entra no campo da justificação, e sim no da santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14).

B - Sobre a questão da natureza e destino humanos:

1. Se me provarem que Deus colocou uma alma imortal ao criar o homem (sendo que este nem precisaria disso pois a morte não foi prevista no plano original de Deus, e sim a vida física do homem, eternamente preservada no Paraíso físico).

Obs.: Também gostaria de saber como explicam a contradição entre a crença na imortalidade da alma e na ressurreição final dos mortos. Para quê ressurreição, se todos já estão desfrutando as glórias da vida no além túmulo?

2. Se me mostrarem descrições bíblicas claras (não em textos parabólicos ou simbólicos) de almas conscientes deixando o corpo na morte e partindo para o céu, inferno, purgatório ou qualquer outro "departamento do além" que a teologia popular criou.

Obs.: Também gostaria que me explicassem para que deve haver um juízo final, já que na morte salvos e perdidos seguem para seus respectivos destinos...

3. Se me citarem descrições bíblicas claras de almas ou espíritos voltando de algum lugar do além para reincorporarem quando da ressurreição final.

Obs.: Também gostaria que me explicassem por que há um toque de trombeta e o ouvir da voz de Arcanjo para despertar os mortos, sendo que essas almas suposta e certamente já viriam do céu com Jesus bem despertas...

4. Se me demonstrarem como os corpos dos ímpios que ressuscitam têm capacidade de serem eternamente refratários ao fogo, pois somente os remidos são descritos como tendo corpos incorruptíveis (Fp 3:20, 21; 1Co 15:53-55).

Obs.: Também gostaria que me explicassem que, sendo que Paulo, Pedro e Cristo falam claramente de "destruição" dos ímpios, como pode haver uma destruição que nunca se destrói, jamais se completa?

5. Se me indicarem para onde o lago de fogo parte após cumprir sua função de "segunda morte", já que queima SOBRE A SUPERFÍCIE DA TERRA (Ap 20:4ss) e não é dito em parte alguma que salte de sobre a Terra para prosseguir queimando eternamente noutro recanto do Universo, já que o contexto fala que há "novos céus, e uma nova terra... e o mar já não existe [nem o lago de fogo]" (Ap 21:1).

Obs.: Também gostaria que me explicassem que se o "fogo eterno" que destruiu Sodoma e Gomorra (Judas 7) não está mais queimando hoje, não se pode ver que a linguagem nesse caso é inteiramente hiperbólica?

C - Sobre a questão das regras dietéticas:

1. Se me explicarem por que Deus criou essas leis de limitações alimentares: Teria Ele simplesmente "cismado" com certos tipos de carne, sem qualquer motivo justo, e pronto?

Obs.: Também gostaria que me dissessem que, sendo que quando os animais se apresentaram para a arca, segundo Deus havia instruído a Noé, já estava definido os que seriam puros e impuros, não demonstra isso que essas leis não se limitavam a Israel, vindo desde os primeiros tempos da história (ver Gn 7:2)?

2. Se me demonstrarem em que aspectos as leis dietéticas teriam sido abolidas na cruz, já que não eram cerimoniais e em nada apontavam ao sacrifício expiatório de Cristo.

Obs.: Houve quem sugerisse que simbolizariam a separação entre judeus e gentios. Mas se assim for, estaria Deus incluindo em Sua lei um aspecto de algo que Ele, que "não faz acepção de pessoas", condena, além de que isso retiraria o enfoque de Cristo e Seu supremo sacrifício pelo homem pecador?

3. Se me explicarem como o sangue derramado de Cristo teria sido eficaz para purificar a carne de porco, rato, urubu, cobras e lagartos.

Obs.: Seria o caso de saber se o sangue de Cristo, além de purificar os pecados dos que O aceitam como Senhor e Salvador, também teria operado alguma mudança de composição estrutural de modo a torná-las adequadas ao consumo humano?

4. Se me esclarecerem como se pode usar como alimentação o que Deus disse ser "coisa abominável" (Dt 14:3), sendo que Paulo declarou que nosso corpo é o templo do Espírito Santo e que "quer comais, quer bebais ou façais qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus"!

Obs.: E a declaração paulina trata sem rodeios de "destruição" de quem destruir o templo de Deus, que é o nosso corpo (1Co 3:17).

5. Também se me explicarem como desconsideraremos o texto escatológico de Isaías 66:17 que diz que os que comem carne de porco e rato serão destruídos no dia final do acerto de contas com todas as nações e línguas.

Obs.: Há quem diga que isso seja só ligado a Israel, e não a todos os moradores da Terra, pois há menção a nações relacionadas à história e experiência de Israel como nação, mas essas nações são representativas de todas, assim como no Apocalipse fala de Egito, Babilônia, Gogue e Magogue como representando todas as nações da Terra.

 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Música e êxtase Pentecosrtal

Música e êxtase pentecostal

O uso da música como meio para chegar a um estado de êxtase e transe religioso vêm se tornando comum em igrejas de diversas religiões em todo o mundo. A partir dessa constatação, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP analisou essa prática em algumas igrejas pentecostais da cidade de São Paulo. A dissertação Manifestações Espirituais nas Igrejas Pentecostais: um estudo psicossocial do êxtase e do transe através da música como mobilizadora de emoções, desenvolvida por Valdevino Rodrigues dos Santos, mostra que a utilização da música nessas igrejas ajuda a aumentar o número de fiéis.

De acordo com o pesquisador, que apresentou sua pesquisa em agosto [do ano passado], “as igrejas pentecostais são as que mais crescem no mundo inteiro e esse tipo de recurso (o uso de ritmos musicais contemporâneos) só tende a aumentar”. Santos analisou as igrejas pentecostais desde a primeira Assembléia de Deus, trazida ao Brasil pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg em 1910. Ele também estudou a Igreja do Evangelho Quadrangular, instalada em 1950, e a Renascer, na década de 1980.

Dentre elas, a Igreja Renascer é a mais liberal. Para se aproximar de seu público-alvo utiliza rock, samba, rap e até heavy metal. Pastores vestidos de metaleiros pregam para jovens utilizando uma linguagem semelhante à desse grupo. “Jovens são atraídos pela atmosfera a que estão acostumados. Esse tipo de recurso une a pregação da fé com uma filosofia de vida que muitas vezes não seria bem aceita em outras religiões”, explica Santos.

A dança do samba, por exemplo, é admitida por estarem “sambando para Deus”. “Se Deus criou a arte por que não utilizá-la para louvá-Lo?”, essa é uma das justificativas dada pela igreja para o uso da dança e uso de tipos musicais registrados na tese.

As igrejas pentecostais têm como característica principal a crença no “batismo do Espírito Santo”, que teria acontecido pela primeira vez durante a Festa de Pentecostes, simbolizando a descida do Espírito Santo sobre as pessoas que rezavam e comungavam após a morte de Cristo. Nesse momento, pessoas de origens étnicas e idiomas diferentes começaram a falar a mesma língua e a se entender. Esse ato recebeu o nome de “glossolalia”, que seria este “falar línguas estranhas”, e é um dos momentos mais importantes do culto atual nessas igrejas pentecostais. Seria um “retorno às origens e à verdadeira fé”, de acordo com o estudioso.

Segundo essa característica de busca pelo Espírito Santo, o uso de ritmos musicais diferentes durante o culto propiciaria uma aproximação entre o pastor, a palavra pregada e a recepção e compreensão por parte dos fiéis. “No decorrer do culto há uma gradação sonora e musical até o seu ápice que é quando alguns fiéis são agraciados pelo recebimento do Espírito Santo”, declara Valdevino Rodrigues dos Santos.

No momento de êxtase e transe a música tem por função ambientar toda essa erupção de sentimentos por parte dos fiéis. “O transe que o indivíduo possa ter no ‘contato solitário com o divino’ é compartilhado nessas assembléias religiosas e isso vem aumentando e tomando uma importância para a antropologia mundial”, conclui Santos.

(USP Notícias)

Nota do blog Diário da Profecia: Há um segmento evangélico anunciando em sua rádio uma programação alternativa para os cristãos no período do Carnaval. Paradoxalmente, esse mesmo segmento está propagandeando um evento em uma de suas igrejas, onde haverá um “bom samba”, com letra “cristã”, claro. Sem dúvida alguma, sinal dos tempos. Não há limite para a incoerência.

Infelizmente o mesmo argumento do artigo, qual seja o de atingir pessoas que normalmente não se interessariam por um culto convencional e, ainda que sob a alcunha de “algum critério” (que ninguém foi capaz ainda de demonstrar qual seja), tem sido defendido por alguns adventistas. Não sabemos em que momento, muito menos com que intensidade, mas o que está acontecendo no meio evangélico ainda há de ocorrer de forma paralela entre nós.

E não sou eu que estou afirmando, está profetizado.